sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

By: Gabriella às 18:35
A menina que não brinca mais de boneca, mas ainda sente falta...
A menina que ainda usa vestido, mas também usa mini...
Aquela menina que têm responsabilidade pra cuidar dos outros, mas não têm pra cuidar de si mesma...
A menina que lê Capricho e também lê gibi...
A menina que fica muito tempo na Net, mas também desce pra brincar...
A menina que chora e esperneia, mas também que desabafa com a mãe...


A menina com 13 que se sente de 10...


Aquela garota que já não é mais uma menininha, mas também não é adulta...


A menina que não é mais criança, mas sente falta de ser...


A menininha que hoje é Gaby... Mas sempre será Bibi...

.

By: Gabriella às 17:34 0 com 13
Bom, pra ser sincera, não é a primeira vez que eu estou tentando fazer esse post, mas só agora que eu consegui escrever algo ( duas linhas, maybe, mas é algo ). É Natal, yaaay! Mas o que isso significa, na verdade? Não me venha com presentes... Quer dizer, daqui meia hora, eu acho, eu vou sair de casa. Estou pronta. Mas pronta para quê? Pra uma festa, por quê o Natal, antes de tudo, é o aniversário de alguém. Alguém especial, que deu a vida por nós. Sempre me perguntam por que eu gosto de ir com um vestido no Natal, enquanto a minha família inteira ( ou quase, meu primo vai de calça social ) vai de jeans. Quer dizer, eu vou de jeans em qualquer outro aniversário, mas  algo me fez, desde que eu escolho a minha própria roupa, querer usar algo diferente nessa data. E tá, porque eu estou falando isso? A intenção não é falar de moda, e sim pensar que esse dia não é só um dia de presentes, que, se você for pensar, deviam ser do aniversariante; esse dia têm algo a mais. E isso geralmente é esquecido.

think about it


KISSES


MERRY CHRISTMAS


XOXOXOX

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Por trás dos sonhos

By: Gabriella às 10:18 0 com 13
De maneira alguma ele havia pensado que ela faria tanta falta. Afinal, ela povoava seus sonhos. Ele sabia que ela era real, mas não pretendia encontrá-la tão cedo.Tudo que eles haviam feito juntos havia acontecido em seus sonhos. Eles combinavam de se encontrar, conversavam. Faziam tudo; mas sonhando. Quando acordavam, as informações mais importantes eram esquecidas, e ele só lembrava dela, de seu cheiro, de sua presença. Porém, ele sabia que no dia seguinte, ela voltaria.

Da última vez, eles chegaram até a trocar endereços, e ele não sabia de algo. Ela conseguiu anotar seu endereço. Mas isso a fez deixá-lo. E então, sem ela, ele acordou.

Eram quase três da manhã, e ele lamentava ter perdido o fim da noite de domingo que passaria com ela. Mas ele percebeu que conseguia se lembrar dos sonhos. Lembrava-se de escadas, que deviam ser da casa dela. Lembrava do toque de sua mão conduzindo-o escada acima e parando em uma porta, na qual ela entrou, trancou, e o deixou para fora. Ele batia, fazia de tudo para abrir, mas foi aí que ela se foi, e ele acordou.

Ela escreveu uma carta, e enviou para ele, torcendo para que o endereço estivesse certo. E então, ela seguiu seu caminho, na Alemanha.

Ele morava longe, e a carta demorou um mês para chegar. O problema é que, nesse um mês, ela não apareceu nem uma vez. Ele estava ficando amedrontado. Toda vez que sonhava tentava chegar perto de onde ela morava, e quando conseguia, perguntava aos vizinhos se sabiam de algo. Era inútil, pois todos respondiam a mesma coisa: não.

Isso começou a deixá-lo perturbado, e ele começou a andar por sua cidade, procurando-a. E então, um pouco depois, ele se foi. Ele estava de viagem marcada, e não chegou a receber a carta.

De intercâmbio, em um colégio interno, ele começou a assemelhar a paisagem que havia visto em seus sonhos com à que via. É isso, pensou ele, vou conhecê-la! Perguntou aos diretores do colégio, e eles responderam que fazia um mês que eles não tinham notícias dela. Ele ficou triste, e então, seu intercâmbio acabou. Durara somente um mês.

E quando chegou em casa, viu sua carta jogada na porta. Vinha da Alemanha, como ele pensara.

Antes de tudo, me perdoe - dizia a carta

Eu queria muito ter voltado a te ver. Mas não pude. Começei a pensar que seria inútil continuarmos com isso, pois nunca nos veríamos, de qualquer forma. Não, o endereço da carta não está errado, eu realmente moro na Alemanha, ou morava. Enfim, não quero enrolar mais. Provavelmente, se eu bem conheço a agilidade do sistema de correios daqui, à esta altura já estou morta. Não quero que se prenda à mim. Mas acho que você merece uma explicação. Sou complicada. Um dia, estava pensando em encontrar o amor da minha vida, e entrei em seu sonho. Desde então, sempre faço isso. Mas não poderia durar para sempre. Então, isso começou a me desgastar, e eu adoeci. Perdão. Nunca quis te magoar.

Com todo o amor do mundo,
Anne

E então, ele saiu de casa, e foi até a chuva. Enquanto esta o molhava, seus olhos começaram a pingar. Foi então que ele pensou ter sentido a mão dela em seus cabelos, como sentia em seus sonhos.

Fim
Texto para: Projeto Creativité, 2ª edição Musical

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Ao pôr do sol

By: Gabriella às 13:25 0 com 13

       Enquanto uma lágrima caia e de meus olhos, minha mente vagava pelo campo em que estava. Uma campina na verdade, vegetação bem rasteira, pôr do sol. À minha frente, a floresta abria, alta e assustadora, mas eu não queria sair.
       Havia dado alguns passos desde que a primeira lágrima havia caído sobre uma rocha, enquanto estava sentada com ele. Ele havia levantado, estávamos distantes. Entre nós, havia, no mínimo, cinqüenta metros. Estávamos isolados, sim. Mas era melhor. Eu precisava contar à ele. Pedi um lugar como aquele. 
       Eu, com minha blusa branca e uma calça jeans. Já ele, chique, com uma camisa de marca e calça. Deitamos na rocha, e ele me perguntou, então, qual era o problema que tinha nos levado até lá. Não queria falar, e meus olhos começaram a lacrimejar. Minha visão se tornou turva, e minha respiração, ofegante. Ele estava, até então, fazendo cafuné em mim. Quando as lágrimas começaram a cair, ele sentou e me pegou no colo, como se eu fosse um bebê.
       Eu sabia que, mais cedo ou mais tarde, teria que falar, porém esperava realmente que fosse mais tarde. De qualquer forma, minha sorte nunca está à meu favor, e, me sentando na rocha, ele levantou meu pescoço e disse:
       - Por favor, me explique o que está acontecendo.
       Minhas lágrimas se fortaleceram novamente, mas desta vez  não as deixei tomarem conta de mim. Levantei meu olhar, que antes encarava seus pés, e, ainda chorando um pouco, contei-lhe tudo. Expliquei que estava doente, expliquei que, para pagar meu tratamento, meus pais teriam que se mudar, expliquei, então, que eu iria para longe; muito longe. Meu pai era médico formado em dois países, e um deles era a Alemanha. Ele, então, ia trabalhar lá, onde o tratamento médico é melhor, e mais barato. E eu ia junto. Ele segurou a minha mão, e olhando para o chão, perguntou:
       - O que você têm?
       Respondi-o vagamente, com um " Não faz diferença agora ", mas minhas lágrimas voltaram a cair, quando terminei de pronunciar. Sim, sempre fui muito emotiva.
       Ele se levantou, e me pegou em suas mãos. Sempre estarei contigo, pronunciou. Tirou do bolso uma pequena caixinha vermelha, a abriu e estendeu em minha direção. Um delicado anel reluzia lá dentro. Ele tirou da caixa, e com o anel em suas mãos, me olhou e perguntou:
       - Posso?
       Assenti com a cabeça, mas antes de qualquer coisa, avisei-o. 
        - Você têm consciência, não é? De que vou embora, e ninguém sabe quando volto, e se volto. Posso nunca mais vê-lo.
       Ele então, levantou a manga de meu casaco vermelho que cobria meus dedos e colocou o anelzinho em meu anular. Levantei-me e fui embora.
       Porém, quando me virei, antes de entrar na floresta, olhei para trás, e ele ainda estava lá, sorrindo para mim.  E então, entrei em na floresta, em minha nova vida.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

A menina que não brinca mais de boneca, mas ainda sente falta...
A menina que ainda usa vestido, mas também usa mini...
Aquela menina que têm responsabilidade pra cuidar dos outros, mas não têm pra cuidar de si mesma...
A menina que lê Capricho e também lê gibi...
A menina que fica muito tempo na Net, mas também desce pra brincar...
A menina que chora e esperneia, mas também que desabafa com a mãe...


A menina com 13 que se sente de 10...


Aquela garota que já não é mais uma menininha, mas também não é adulta...


A menina que não é mais criança, mas sente falta de ser...


A menininha que hoje é Gaby... Mas sempre será Bibi...

.

Bom, pra ser sincera, não é a primeira vez que eu estou tentando fazer esse post, mas só agora que eu consegui escrever algo ( duas linhas, maybe, mas é algo ). É Natal, yaaay! Mas o que isso significa, na verdade? Não me venha com presentes... Quer dizer, daqui meia hora, eu acho, eu vou sair de casa. Estou pronta. Mas pronta para quê? Pra uma festa, por quê o Natal, antes de tudo, é o aniversário de alguém. Alguém especial, que deu a vida por nós. Sempre me perguntam por que eu gosto de ir com um vestido no Natal, enquanto a minha família inteira ( ou quase, meu primo vai de calça social ) vai de jeans. Quer dizer, eu vou de jeans em qualquer outro aniversário, mas  algo me fez, desde que eu escolho a minha própria roupa, querer usar algo diferente nessa data. E tá, porque eu estou falando isso? A intenção não é falar de moda, e sim pensar que esse dia não é só um dia de presentes, que, se você for pensar, deviam ser do aniversariante; esse dia têm algo a mais. E isso geralmente é esquecido.

think about it


KISSES


MERRY CHRISTMAS


XOXOXOX

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Por trás dos sonhos

De maneira alguma ele havia pensado que ela faria tanta falta. Afinal, ela povoava seus sonhos. Ele sabia que ela era real, mas não pretendia encontrá-la tão cedo.Tudo que eles haviam feito juntos havia acontecido em seus sonhos. Eles combinavam de se encontrar, conversavam. Faziam tudo; mas sonhando. Quando acordavam, as informações mais importantes eram esquecidas, e ele só lembrava dela, de seu cheiro, de sua presença. Porém, ele sabia que no dia seguinte, ela voltaria.

Da última vez, eles chegaram até a trocar endereços, e ele não sabia de algo. Ela conseguiu anotar seu endereço. Mas isso a fez deixá-lo. E então, sem ela, ele acordou.

Eram quase três da manhã, e ele lamentava ter perdido o fim da noite de domingo que passaria com ela. Mas ele percebeu que conseguia se lembrar dos sonhos. Lembrava-se de escadas, que deviam ser da casa dela. Lembrava do toque de sua mão conduzindo-o escada acima e parando em uma porta, na qual ela entrou, trancou, e o deixou para fora. Ele batia, fazia de tudo para abrir, mas foi aí que ela se foi, e ele acordou.

Ela escreveu uma carta, e enviou para ele, torcendo para que o endereço estivesse certo. E então, ela seguiu seu caminho, na Alemanha.

Ele morava longe, e a carta demorou um mês para chegar. O problema é que, nesse um mês, ela não apareceu nem uma vez. Ele estava ficando amedrontado. Toda vez que sonhava tentava chegar perto de onde ela morava, e quando conseguia, perguntava aos vizinhos se sabiam de algo. Era inútil, pois todos respondiam a mesma coisa: não.

Isso começou a deixá-lo perturbado, e ele começou a andar por sua cidade, procurando-a. E então, um pouco depois, ele se foi. Ele estava de viagem marcada, e não chegou a receber a carta.

De intercâmbio, em um colégio interno, ele começou a assemelhar a paisagem que havia visto em seus sonhos com à que via. É isso, pensou ele, vou conhecê-la! Perguntou aos diretores do colégio, e eles responderam que fazia um mês que eles não tinham notícias dela. Ele ficou triste, e então, seu intercâmbio acabou. Durara somente um mês.

E quando chegou em casa, viu sua carta jogada na porta. Vinha da Alemanha, como ele pensara.

Antes de tudo, me perdoe - dizia a carta

Eu queria muito ter voltado a te ver. Mas não pude. Começei a pensar que seria inútil continuarmos com isso, pois nunca nos veríamos, de qualquer forma. Não, o endereço da carta não está errado, eu realmente moro na Alemanha, ou morava. Enfim, não quero enrolar mais. Provavelmente, se eu bem conheço a agilidade do sistema de correios daqui, à esta altura já estou morta. Não quero que se prenda à mim. Mas acho que você merece uma explicação. Sou complicada. Um dia, estava pensando em encontrar o amor da minha vida, e entrei em seu sonho. Desde então, sempre faço isso. Mas não poderia durar para sempre. Então, isso começou a me desgastar, e eu adoeci. Perdão. Nunca quis te magoar.

Com todo o amor do mundo,
Anne

E então, ele saiu de casa, e foi até a chuva. Enquanto esta o molhava, seus olhos começaram a pingar. Foi então que ele pensou ter sentido a mão dela em seus cabelos, como sentia em seus sonhos.

Fim
Texto para: Projeto Creativité, 2ª edição Musical

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Ao pôr do sol


       Enquanto uma lágrima caia e de meus olhos, minha mente vagava pelo campo em que estava. Uma campina na verdade, vegetação bem rasteira, pôr do sol. À minha frente, a floresta abria, alta e assustadora, mas eu não queria sair.
       Havia dado alguns passos desde que a primeira lágrima havia caído sobre uma rocha, enquanto estava sentada com ele. Ele havia levantado, estávamos distantes. Entre nós, havia, no mínimo, cinqüenta metros. Estávamos isolados, sim. Mas era melhor. Eu precisava contar à ele. Pedi um lugar como aquele. 
       Eu, com minha blusa branca e uma calça jeans. Já ele, chique, com uma camisa de marca e calça. Deitamos na rocha, e ele me perguntou, então, qual era o problema que tinha nos levado até lá. Não queria falar, e meus olhos começaram a lacrimejar. Minha visão se tornou turva, e minha respiração, ofegante. Ele estava, até então, fazendo cafuné em mim. Quando as lágrimas começaram a cair, ele sentou e me pegou no colo, como se eu fosse um bebê.
       Eu sabia que, mais cedo ou mais tarde, teria que falar, porém esperava realmente que fosse mais tarde. De qualquer forma, minha sorte nunca está à meu favor, e, me sentando na rocha, ele levantou meu pescoço e disse:
       - Por favor, me explique o que está acontecendo.
       Minhas lágrimas se fortaleceram novamente, mas desta vez  não as deixei tomarem conta de mim. Levantei meu olhar, que antes encarava seus pés, e, ainda chorando um pouco, contei-lhe tudo. Expliquei que estava doente, expliquei que, para pagar meu tratamento, meus pais teriam que se mudar, expliquei, então, que eu iria para longe; muito longe. Meu pai era médico formado em dois países, e um deles era a Alemanha. Ele, então, ia trabalhar lá, onde o tratamento médico é melhor, e mais barato. E eu ia junto. Ele segurou a minha mão, e olhando para o chão, perguntou:
       - O que você têm?
       Respondi-o vagamente, com um " Não faz diferença agora ", mas minhas lágrimas voltaram a cair, quando terminei de pronunciar. Sim, sempre fui muito emotiva.
       Ele se levantou, e me pegou em suas mãos. Sempre estarei contigo, pronunciou. Tirou do bolso uma pequena caixinha vermelha, a abriu e estendeu em minha direção. Um delicado anel reluzia lá dentro. Ele tirou da caixa, e com o anel em suas mãos, me olhou e perguntou:
       - Posso?
       Assenti com a cabeça, mas antes de qualquer coisa, avisei-o. 
        - Você têm consciência, não é? De que vou embora, e ninguém sabe quando volto, e se volto. Posso nunca mais vê-lo.
       Ele então, levantou a manga de meu casaco vermelho que cobria meus dedos e colocou o anelzinho em meu anular. Levantei-me e fui embora.
       Porém, quando me virei, antes de entrar na floresta, olhei para trás, e ele ainda estava lá, sorrindo para mim.  E então, entrei em na floresta, em minha nova vida.